
O que é e para que serve a Terapia Natural ou Holística que hoje é conhecida e chamada oficialmente como Terapia Complementar? A visão da Terapia Complementar tem como fundamento a relação de harmonia que se faz entre o homem e o Universo. Na visão holística somos um todo em três - mente, corpo e espírito e quando em ordem e equilíbrio somos saúde holística e perfeição natural.
domingo, 11 de setembro de 2011
TERAPIA COMUNITÁRIA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A PRÁTICA
Essa prática que a princípio poderia ser considerada uma atenção ao problema
individual, aconteceu no término da sessão de Terapia Comunitária, após o Ritual de
Encerramento próprio de cada sessão. Poderíamos ser questionadas quanto ao sentido disto
tudo numa abordagem de Terapia Comunitária. No entanto, no meu entender, Sr. José vivia
na comunidade em que trabalhávamos uma típica situação de exclusão. Estava sempre
presente, mas nunca levado a sério, como acontece muitas vezes àqueles que parecem senis
e/ou insanos. Contudo, toda situação de exclusão, instala um círculo vicioso de
interconstituição entre excluído/exclusor. Ou seja, a exclusão implica tanto o excluído
como aquele que exclui, num interjogo dialético de interconstituição. Assim, ao
trabalharmos a inclusão de Sr. José estávamos também trabalhando a ação de incluir da
rede social formada pelos participantes da sessão. Se, por um lado Sr. José pôde se
beneficiar da sua nova condição de inclusão, os participantes presentes puderam viver uma
prática de respeito e de valorização do outro como legítimo outro. Portanto, essa foi uma
via de duas mãos, permitindo transmutar o círculo vicioso da exclusão em círculo virtuoso
da inclusão.
Como surgiu essa compreensão da história e essa idéia do Ritual Terapêutico, além
da nossa própria criatividade? Como uma prática narrativa de desconstrução de significados
de uma história dominante, tal prática decorreu de nosso entendimento da abordagem
narrativa. Tal abordagem, aliada ao modelo de Terapia Comunitária Sistêmica, proposto
por Adalberto Barreto, conforme co compreendo, amplia as possibilidades de organização
da conversação terapêutica, organizando o interjogo de perguntas e de escuta, bem como
valendo-se de processos reflexivos que ampliam não só os recursos do terapeuta
comunitário como as possibilidades de construir contextos de mudanças nos participantes
em geral. Assim, entendo ser útil para os cursos de formação a inclusão dos princípios e
recursos das abordagens narrativas, tanto para estruturar a conversação terapêutica como
para organizar contextos vivenciais para os participantes poderem narrar as próprias
histórias a partir de organizações temáticas e outros significados mais libertadores.
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