Assistente Social Em Práticas Integrativas Complementares.

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Ciências Tradicionais Holisticas

terça-feira, 6 de setembro de 2011

INTERVENÇÃO PRECOCE NA RELAÇÃO MÃE/ PAI/ BEBÊ

Admitir que uma mãe possa nutrir sentimentos negativos em relação ao  filho e que possa agredi-lo se choca com o mito do amor materno puro e incondicional.
Bastante idealizada na nossa cultura, à mãe se atribui a função de proteger e de ser a principal cuidadora do  filho.
Os vários estudos sobre a violência apontam a mãe como um dos principais perpetradores dos maus-tratos  físicos praticados  contra o  filho.
Esse  fato merece  interesse especial dos profissionais de saúde, pois a agressão advinda da mãe ou do pai (primeiras figuras identificatórias), deixa a criança num estado de maior vulnerabilidade física e psíquica, visto que suas primeiras interações repercutem fortemente nas suas relações futuras e no seu modo de estar no mundo.
Os sinais de uma relação precária ou patológica entre mãe-filho podem  ser detectados precocemente, pois muitas dessas dificuldades  já  se encontram presentes no período gestacional.
A forma como a mãe vive a gravidez, o fato de aceitá-la ou não e o tipo de suporte que  recebe durante o período gravídico-puerperal vai  favorecer ou dificultar o estabelecimento do vínculo com o filho, podendo se instalar em alguns casos, um circuito interacional nefasto com grande prejuízo físico e psíquico para a criança e sendo um terreno propício aos maus-tratos.
No presente trabalho serão apresentados dados de uma pesquisa realizada no Instituto Materno Infantil de Pernambuco - IMIP, sobre as características gestacionais  e perinatais de  crianças  vítimas de maus-tratos  físicos  e/ ou negligência. Serão discutidos  os mecanismos psicopatológicos e sociais que  colocam a criança numa situação de vulnerabilidade aos maus-tratos assim  como as possibilidades de prevenção  a partir de uma  intervenção precoce na  relação mãe/pai/bebê.

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