Assistente Social Em Práticas Integrativas Complementares.

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Ciências Tradicionais Holisticas

terça-feira, 23 de agosto de 2011

TC

Os novos desafios da realidade brasileira são a migração, o desemprego, os conflitos no campo e nas cidades e o estresse. Estes exigem novas abordagens, novos modelos que nos permitam prevenir a doença mental e tratá-la com o apoio de seu contexto familiar e comunitário. Precisamos integrar os valores e as potencialidades da cultura local como um dos elementos fundamentais na promoção da saúde do indivíduo, da família e da coletividade. A utilização do "saber fruto da vivência" de cada um, precisa ser despertado, trabalhado para que este saber torne-se um instrumento fundamental na formação de especialistas na área de saúde da família e da comunidade.
Temos constatado os efeitos do contexto desagregador das gerações familiares em virtude das condições sócioeconômicas agravadas pelos movimentos migratórios que provocam não apenas a pobreza econômica, mas a pobreza cultural dos laços sociais, das capacidades de organizações e, sobretudo, da pobreza da imagem de si, que muitas vezes culmina com a perda da própria identidade. Neste contexto profundamente diferente, onde faltam emprego e habitação, a nova vida social e política e as atividades econômicas funcionam como elementos que agridem a unidade familiar e atingem a identidade pessoal, provocando desagregações, desajustes, violências, abandono de idosos e deficiências mentais. Nestas condições, os recursos institucionais disponíveis e acessíveis, além de serem insuficientes, são de difíceis acessos, agravando o quadro de abandono e sofrimento. Estas comunidades periféricas esquecem, muitas vezes, que possuem todo um potencial armazenado que mobilizado e explorado poderia se transformar numa força motriz capaz de promover as transformações necessárias para que o ser humano resgate sua cidadania e sua dignidade humana. Nossa proposta é de capacitar profissionais da área de saúde, educação e social, bem como a própria liderança comunitária, para que aprendam a administrar a crise em sua comunidade e respaldar a ação dos especialistas. Acreditamos que a inclusão deste novo agente social que é o terapeuta comunitário na rede de saúde da família irá diminuir as tensões sociais e o estresse de indivíduos, além de promover o desenvolvimento das comunidades e ampliar a confiança do povo na sua capacidade transformadora da realidade familiar e comunitária.

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