Assistente Social Em Práticas Integrativas Complementares.

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Ciências Tradicionais Holisticas

domingo, 17 de julho de 2011

Por que Sex and the city se tornou um fenômeno cultural?

O público feminino andava um pouco confuso e perdido, sem grandes refêrencias de pontencial, depois do histórico momento de queimada das peça intímas em forma de protesto a favor dos direito da mulher.Digo que estava sem referência, pois depois de conhecermos a história da luta e garra de grandes personalidades femininas para conquistar um espaço, que muitas nem chegaram a ver tornar-se real. Nós mulheres, chegamos a um beco sem saída, entaladas entre duas vertentes: ser a mulher objeto ou a profissional engolidora do mercado?Parece exagero, mas não é. É difícil encontrar referenciais que motivem uma mulher que acorda cedo, perde horas para disfarçar a cara de sono (que todo mundo sempre nota), ser gentil, ter quer ser duas vezes, no mínimo, mais competente que um homem para poder alcançar um salário razoável no mercado, dar conta de fazer 30 coisas ao mesmo tempo (e bem feito), ouvir no meio de uma rua movimentada: "Gostosa!!!", resolver as crises existenciais dos amigos, estudar, sofrer assédio moral e sexual, andar de salto alto, conhecer os mais confusos caras do mundo e ainda arrumar um tempinho para aperfeiçoar seu rendimento profissional. Isso não é nem um 1/3 do que uma mulher faz em apenas um dia, não desmerecendo os homens, na realidade, eu juro que esse não é um discurso feminista. Mas sem dúvidas, é assustador que sendo e fazendo tanto, você tenha entalado em uma premissa social que estava evidente na década de 90, que você tinha que escolher um lado: ou aderir ao modelo dançarina de bunda de fora ou esquecer todo e qualquer elo com o seu "eu" cor de rosa, tornando-se uma executiva grafitérrima solteirona mal amada.É nesse cenário, extremamente carente de identificação com os padrões culturais femininos, que a HBO teve a brilhante idéia de olhar para essa massa de mulheres cansadas de serem apenas catalogadas e rotuladas, produzindo, então, uma série que tornou-se um marco do "Girl Power". Baseado no livro de Candace Bushnell, nasceu em 1998 a primeira temporada de "Sex and the city".A série que se tornaria um fenômeno de 7 temporadas, tinha tudo para ser apenas mais um enlatado convencional. Até que você assiste pela primeira vez, lembra daquela mulher cansada de estereótipos e paradigmas sociais? Pois é, depois de muito tempo essa muher se redescobre, ou melhor, dizendo: se reconhece.Situações que já aconteceram com você, ou uma amiga, características tão intímas descritas nas 4 personagens centrais, que as vezes até parece que foi inspirada em você. Você assiste, depois de muito tempo, uma produção ousada e com coragem suficiente para mostrar um universo feminino real. E não apenas o universo feminino que a sociedade quer ver e que nós simplesmente engolimos. Sex and the city, fala de mulheres que são charmosas, bem sucedidas e que exploram sim, sua sexualidade. Não apenas como objeto de desejo, mas sim, realizando seus desejos.Cada episódio da série é narrado e desenvolvimento com um "questionamento" como tema central. Não existem definitivas e parâmetros pré-concebidos de certo e errado, eles desenvolvem trocas de experiências e de pontos de vista. Sepultando de uma vez por todas a maneira "politicamente correta" de ser.E é nesse contexto que a série mobilizou e encantou as mulheres que pensam, que se sentiam no abismo do deslocamento cultural, e de repente encontram a "luz no fim do túnel". O ponto de referência.Paro por aqui, nos próximos resumos vamos entrar no universo de cada personagem.


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